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Protótipo de prótese de joelho desenvolvido pela Unesp é mais leve e barato que modelo usado no SUS

Pesquisa de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais da Faculdade de Ciências da Unesp mostrou que um novo modelo de prótese para joelho pode ser uma alternativa interessante às peças oferecidas atualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O protótipo de joelho monocêntrico mostrou-se tão eficiente quanto os modelos já disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), porém com a possibilidade de alcançar preços significativamente mais baixos.
Cerca de 5 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais possuem algum grau de deficiência nos membros inferiores, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Cerca de 85% desse contingente passaram por amputações acima ou abaixo do joelho devido a complicações vasculares — especialmente o diabetes — além de traumas, tumores e infecções. Essa perda, seja parcial ou total, desencadeia mudanças posturais e compensatórias que afetam diretamente a mobilidade necessária para atividades do dia a dia, como subir escadas, caminhar por distâncias moderadas ou mesmo permanecer em pé. A consequência dessas limitações é o prejuízo da autonomia física, com impacto significativo na qualidade de vida e no convívio social.
Uma das principais alternativas para melhorar o repertório de movimentos e a qualidade de vida das pessoas amputadas é o uso de próteses personalizadas, disponíveis em vários modelos, em combinação com programas de reabilitação física e treinamento funcional. O SUS fornece aos seus pacientes uma prótese de joelho em aço inoxidável, que pesa 890 g. O custo da peça é estimado em cerca de R$ 4,6 mil aos cofres do Estado. Por não contar com mecanismos de trava automática ou controle hidráulico, esse modelo exige maior gasto energético na marcha e eleva o risco de queda, além de demandar manutenções frequentes.
No setor privado, as opções são mais amplas e incluem alternativas que simulam melhor o eixo natural de rotação, sistemas de trava por descarga de peso que bloqueiam automaticamente na fase de apoio, travas manuais que conferem segurança ao usuário ao ficar em pé, mecanismos hidráulicos que ajustam a resistência conforme a velocidade da marcha e unidades pneumáticas mais leves e baratas. Há também próteses capazes de adaptar sua resistência em tempo real, ajustando-se ao ritmo do usuário.
Opção mais leve e mais barata: Foi pensando nesse cenário que a equipe de pesquisadores ligada ao Laboratório de Anelasticidade e Biomateriais da Faculdade de Ciências da Unesp, câmpus de Bauru, desenvolveu uma nova prótese de joelho com material inovador e custos mais acessíveis do que os modelos disponíveis atualmente. O protótipo foi confeccionado em aço inoxidável e polipropileno, pesa apenas 740 g e pode chegar a um custo final de cerca de R$ 2.500. Equipado com mola interna para ajuste de flexão/extensão e trava acionada automaticamente, o novo modelo busca reduzir o esforço na marcha, aumentar a estabilidade e diminuir a necessidade de manutenções para os usuários do SUS.
Acordos para a produção em série do novo dispositivo estão em discussão com uma empresa de tecnologia assistiva. “A meta é manter o custo estimado e acessível por unidade”, diz Grandini. Ao mesmo tempo, os pesquisadores buscarão a inclusão da alternativa no catálogo de próteses do SUS, a ser oferecida juntamente com a devida capacitação técnica para profissionais de saúde e oficinas ortopédicas credenciadas, a fim de assegurar montagem e ajustes adequados para o novo modelo.

Fonte: saopaulo.sp.gov.br

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