Micronacionalismo volta a ser notícia com o filme “A Incrível História da Ilha das Rosas”, a história de uma ilha que se proclama independente. No Brasil é assunto desde 1992 com Porto Claro, a primeira micronação brasileira. Hoje é a Kárnia-Rutênia quem desperta interesse pelo hobby em terras tupiniquins. A micronação com capital na Lapa fundada em 2014 foi tema de publicações estrangeiras e debutou na mídia nacional na Revista Superinteressante.
Influenciada pela cultura húngara e com mais de 300 cidadãos, é uma potência reconhecida por mais de 200 outras micronações mundo afora e parte da Conferência de Santiago, equivalente micronacional da Organização dos Estados Americanos. O fundador, Oscar Götzö (30), ou “Imperador Oscar” para os iniciados, explica: “uma micronação é uma associação de pessoas que se organiza como um país”. Esse povo karno-ruteno se une pelo desejo de integrar uma sociedade multinacional, multiétnica e multirreligiosa. “Somos plurais e nos orgulhamos disso. É nossa maior força”, categoriza.
Ele é o Chefe de Estado, enquanto a Chefia de Governo cabe ao Chanceler. Há um parlamento, um judiciário, constituição, bandeira, seleção de futebol (!) e hino nacional.
“Entre nós surgiram cineastas, economistas e pessoas que gostam de política com um diferencial: sabem como um país deve funcionar”. Como se divertir? “Depende de suas aptidões”, diz. “Se for gamer, pode criar um “campeonato nacional”, por exemplo. As chances são infinitas”. Dá para ser imperador também? “Só se for de outro projeto; essa coroa é minha”, brinca o lapeano. “Bom humor é essencial. É uma maneira divertida de mudar o mundo ensinando e aprendendo como uma sociedade deve ser”.
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