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Doações de órgãos: ‘Não existe amor maior ao próximo’, diz paciente transplantado

Hércules Ferrari, de 60 anos, entrou na fila de espera em uma sexta-feira. Três dias depois, recebeu a ligação informando que havia um doador compatível e que a cirurgia seria possível.
Hércules foi diagnosticado com hepatite subaguda pós-medicamentosa e informado de que seria necessário o transplante de fígado.
Vidas como a de Hércules são salvas graças à boa vontade de doadores e de suas famílias. A Central de Transplantes contabilizou um crescimento de mais de 10% na taxa de doadores de órgãos nos primeiros oito meses de 2023 em relação ao ano anterior. Houve aumento também nos registros de transplantados nos últimos cinco anos.
“Eu tive a oportunidade de receber uma doação. Um ato de amor extremo, de uma família que resolveu doar num momento de dor. Eu acredito que não existe amor maior ao próximo”, contou.
A grandeza desse ato permitiu que Hércules realizasse seu sonho de participar do crescimento do seu neto Vicente. “Eu tinha alguns sonhos e algumas vontades e um deles era ver e ouvir o Vicente andar e falar”, afirmou. “Hoje eu tenho a oportunidade de caminhar e correr com meu neto”.
Como funciona a doação? A Central de Transplantes segue normas estabelecidas por lei para identificar os possíveis receptores para cada órgão de um doador, ou seja, tipagem sanguínea, dados antropométricos entre doador e receptor, compatibilidade genética, além da priorização para pacientes em estado grave.
Quanto aos pacientes que precisam do transplante, cabe à equipe de transplante a sua inscrição junto ao Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, que é responsável por realizar a gestão de todo o processo de doação e transplante em conjunto com o Sistema Nacional de Transplantes (http://saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/homepage/acesso-rapido/lista-de-espera-para-transplantes).
Foram realizados mais de 5 mil procedimentos em todo o estado de São Paulo no primeiro semestre de 2023, como transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão rins e córneas. Mas a taxa de recusa familiar para a doação ainda se mantém em 38%.
A orientação do SUS para aqueles que querem ser doadores é comunicar a família- a autorização é essencial para a doação de órgãos. Por isso, os parentes devem estar previamente cientes desse desejo.
No caso da doação em vida e seguindo as diretrizes do SUS, aqueles que não possuem nenhum problema de saúde e seguem as diretrizes do SUS podem ser doadores. Nesse caso, é possível fazer a doação de rins, parte de fígado, pulmão e medula óssea.
Campanha do Governo de SP #EuSouDoador
O governo do Estado de São Paulo lançou a campanha #EuSouDoador com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de se tornar um doador de órgãos e estimular conversas familiares sobre o tema.
A campanha teve início durante o Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre o tema. Qualquer pessoa pode ser um potencial doador de órgãos, dependendo apenas da condição de saúde na qual o paciente se encontra. Fonte: saopaulo.sp.gov.br

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